VIDEO CLIP
Peguei esse VHS com um DJ em Irajá, tinha um monte de fitas VHS e K7 numa caixa de isopor no porta malas do carro. Ele tinha pego essas fitas com o Ronaldo. Recuperei tudo e passei para o Antonio. Certamente um achado para quem gosta do Finis Africae.
HISTÓRIA
Finis Africae
(1984-)
Músicas em Rumores
Van Gogh e Ética
Formação em 1985
Rodrigo Leitão (vocal), Zezinho (guitarra), Neto (baixo) e Ronaldo Pereira (bateria)
Que fim levou
Logo em seguida à gravação de Rumores, Rodrigo foi substituído por Eduardo de Moraes, ex-Virgens (banda que tinha Loro Jones, futuro Capital Inicial). Com essa formação, o Finis lançou EP homônimo (conhecido pela capa verde) pela própria Sebo do Disco, de Rumores. Depois gravou o LP Finis Africae, lançado em 1987 pela EMI. Do disco, estourou Armadilha. No vácuo, os músicos se mudaram para o Rio. A banda se esfacelaria em 1990, mas voltaria às boas em dezembro de 1998, com EP independente, incluindo remix de Armadilha. Gravaram show de abril de 1999, no Anfiteatro do Lago Sul, para CD ao vivo que sai no início de 2001. Hoje Rodrigo Leitão é jornalista. José Flores, o Zezinho, é artista plástico e funcionário do Senado. João Pavanelli, o Neto, é diretor de curso de inglês. Ronaldo e Eduardo comandam o Finis Africae 2000, que ainda mora no Rio de Janeiro.
‘‘...Ser condenado
pela sua inquisição
No seu coração ser
queimado vivo
Passar pelas suas torturas
Me faz pensar no sofrimento em vão’’Ética
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Rock Brasília, 1985
Bernardo Scartezini
Da equipe do Correio
DISCOGRAFIA
Participaram do LP RUMORES com Van Gogh e Ética
participaram do CD Sucessos Inesquecíveis Pop de 1998 da EMI com a música Deus Ateu.
CD ao Vivo em Brasília
CD FINIS AFRICAE
SHOWS em 2001:
ROCK FEDERAL
FINIS AFRICAE E RENATO ROCHA (EX-BAIXISTA DA LEGIÃO URBANA)
A partir do dia 05/10/2001 o BALLROOM vai ter o prazer de receber, todas às sextas-feiras do mês de outubro para uma temporada, o projeto ROCK FEDERAL, que promoverá a junção de dois grandes ícones da música brasiliense: o grupo FINIS AFRICAE e o polêmico ex-baixista da LEGIÃO URBANA RENATO ROCHA, tocando juntos e recebendo convidados especiais para canjas.
O projeto, que surgiu a partir de algumas participações de RENATO nos shows do FINIS e tem como objetivo a gravação de um produto fonográfico, apresenta releitura de músicas da LEGIÃO URBANA e de clássicos de Brasília em geral (do CAPITAL INICIAL, PLEBE RUDE, ABORTO ELÉTRICO, ESCOLA DE ESCÂNDALOS, etc) incluindo o repertório novo e antigo do FINIS AFRICAE, tudo com NEGRETTI no baixo.
Durante as apresentações também será aberto um baú de pérolas da época como por exemplo um poema inédito já musicado de RENATO RUSSO e possivelmente a inédita " FÁBRICA I", materiais de quando RENATO se apresentava como TROVADOR SOLITÁRIO.
A cada sexta-feira pelo menos dois artistas ligados ao rock brasiliense ou a história do rock nacional estarão no palco cantando ao lado do FINIS e NEGRETTI. Haverá tb bandas de abertura mostrando novas caras do rock nacional (na estréia teremos OS ANJOS, que mostrarão sua nova formação e repertório pós ROCK IN RIO 3).
LETRAS:
PRETÉRITO
A podridão do sistema
se emblema nos braços
são facas, armas e balas
vieram em nossa direção
a troco de nada
ninguém escolheu esse caminho a seguir
onde a justiça é tão cega,
quanto muda
somos cumplices de um passado negro
que queima as nossas mãos
queima as nossas mãos
queima
Deus Ateu
Deus deve ser ateu ou então ou então ele está morto
Ou então se esqueceu de orar pelo teu corpo
Teu produto não é teu, toda posse é um roubo
Será que ele morreu ou será que tudo é tão pouco
E no entanto tua profissão é mero entretenimento
Tua única razão
É ganhar dinheiro
dinheiro...
Círculos
A mão acaricia a pele e pede por favor
Faz do teu corpo a tua sede e bebe teu calor
Vulgar, não há o que possa saciar
Tua fome te consome e destrói todo prazer
Num mar onde ninguém alcança
Vivendo em círculos circuncêntricos
Circos excêntricos, palhaços, prostitutas, putas
Passam pelas ruas
Pouco do que fica é pelo receio de te rever
Um pouco do que fica é pelo receio de te rever
Lembrar o que eu não consigo entender
O medo escraviza a vida e não quer saber se há alguma esperança
Vivendo em círculos circuncêntricos
Circos excêntricos, palhaços, prostitutas, putas
Passam pelas ruas
Acrobata
Hoje o sol caiu no meio do mar
Eu gritei na noite, quero respirar
Tudo acabou, tem que ser assim, o que passou, passou
Eu lembro daqueles dias em que era Tão normal
Deitar minha cabeça no teu colo
Eu lembro você achava, que era tudo tão legal
Tocando nos meus pelos outro solo
Me dá só uma razão pra saber porque então
Acabou toda aquela alegria, sem amor não há tesão
Onde foi parar então aquele cara que te fez feliz um dia
Se eu errei foi porque eu te amava
Hoje eu sei como é bom te ter namorada
Se eu errei foi porque eu te amava
Hoje eu sei é preciso ser acrobata
Hoje o sol caiu no meio do mar
Eu gritei na noite, quero respirar
Tudo acabou, tem que ser assim, o que passou, passou
Me dá só uma razão
Me dá só uma razão
Me dá só uma razão...só
Vícios
Chorando pelo sacrifício de ter medo de morrer
Afinal estamos vivos vivendo conflitos que nos fazem viver
Caindo no abismo, entendendo essa vida de vícios
Destruindo os artifícios que me fazem pensar em você
E Não pensar em suicídio, no amor que eu possa perder
Pra me perder desde do início da lembrança de não mais te ter
Imaginar esperança, a crença que pode salvar
Amar como criança aonde não se pode amar
Máquinas
Nosso suor se misturou demais em pensamentos indefesos
Já não aguento o peso, invento o modo certo
Aberto aos teus defeitos, continuamos perto
Alerta, que a porta aberta é o sinal
Acorda, que ainda há tempo
A terra sempre girou em volta do sol
Pode ser que tua sombra deixe marcas no caminho
E os vestígios dos teus atos devolva aos fatos o fascínio
Pode ser,.....
Que tua sombra deixe marcas
Ask The Dust
Atendendo a tua desilusão
Atendendo a tua desilusão
Roubaram as cores do meu reino
Roseiras murcharam no jardim
As dores aumentam no meu peito
Teus olhos são tão cruéis pra mim
Povos esqueceram suas lendas
Fendas se abriram pelo chão
Flechas de fogo incendiaram tendas
Atendendo a tua desilusão
Monges abandonaram templos
O vento não sabe aonde ir
Pararam teus movimentos
Teus pés, já não pisam mais aqui
Teus pés, já não pisam mais aqui
Atendendo a tua desilusão
Atendendo a tua desilusão
Chiclete
Eu não diria que ele existia ela vivia sem saber porque
Andava as ruas pela luz do dia até a hora de escurecer
Em casa à noite via a novela se emocionava sem ter que viver
No intervalo ia até a janela, pensava em alguém que desejaria ver
A sua vida estava atrás da porta e ela não se importava com o fato de não ver
Tanta mentira pra ter "alegria", não se perder nas ruas da cidade
Acreditava ter nascido morta
Daria tudo pra saber porque
A vida apodrece cada boca em cada beijo
O que hoje me dá nojo, ontem foi o meu desejo
A visão escurece, tua imagem já não vejo
Só o amor rejuvenesce a prisão do meu desejo
A falta de privacidade, esperando uma solução
A luta pela liberdade de não morrer de inanição
Eu não diria que ela existia
Ela vivia sem saber porque
Jovens
Apesar de estar tudo sempre igual às 5 horas da manhã
Atravessar o continente e sumir continua por vir
A sina não dá trégua, a ferida não fechou
A malícia do ser ainda não é o bastante
Para engolir meu sangue
A verdade então fulgás surgirá
Escondida por aí incapazes seremos você e eu de ainda insistir
No combinado em nossos sonhos tão felizes, mas...
Jovens sonham diferente
Então que venha o sol, nos perdemos com frequência
Sob a tentação de fazer das aparências tolas representações
Dos nossos próprios sonhos, nossa fome de harmonia
Nossa segunda intenção
Jovens sonham diferente
A Fera
Perdendo o equilíbrio, sujeito à um só destino
Caindo em suas próprias lágrimas de menino
Se alguém muda tua opinião, muda o teu comportamento
Mexe com teu coração, lamento
Se alguém te conduz e te suga o calor
Desfaz a vontade e transforma em amor
Se alguém no horizonte vê a primavera
Te vê tão distante,.... a fera
As dores do teu labirinto se escondem atrás do sofa
As noites são teu instinto uma chance pra se magoar
No mar talvez no horizonte, você lança as suas intenções
Deitado a beira de um monte de lembranças das suas paixões
Se alguém te conduz e te suga o calor
Desfaz a vontade e transforma em amor
Se alguém no horizonte vê a primavera
Te vê tão distante,.... a fera
Ética
A Ética desaprova a emoção
Cientistas não são alquimistas
A idade média já passou de novo
Esta é a era da razão
Este é um tempo de persuasão
Uma mão na roda e a outra no chão
Circo e pão não anestesiam mais
Dessa caverna não sai dragão
A vela apagou, a lâmpada queimou
O gás acabou, não vejo mais nada
Deve ser a idade média, a idade da pedra
É a idade da razão e da Ética, ética, ética
Que desaprova a emoção
Ser condenado pela sua inquisição em seu coração ser queimado vivo, passar pelas suas torturas
Me faz pensar no sofrimento em vão
A vela apagou, a lâmpada queimou
O gás acabou, não vejo mais nada
Deve ser a idade média, a idade da pedra
É a idade da razão e da Ética, ética, ética
Que desaprova a emoção
Van Gogh
O azul marinho compacto invadido por nuvens ameaçadoras
Revelam em traços de angústia certamente alguma coisa
A paisagem que resta é observada por lentes deformadas de uma visão pessoal
Que revela a certeza de uma auto-biografia
Em um momento crítico da vida talvez a morte
Não seja a coisa mais difícil sendo assim não vale a pena tentar
A visão apocalíptica nem sempre significa futuro
Já que a dor que nos tira o ar é sempre sentida no presente
Armadilha
Andando entre cacos me sinto em pedaços
E até hoje não sei dizer se está tudo acabado
Mas não troquei minha boca fechada pelas suas palavras vazias
Você me fez envelhecer, um ano a cada dia
Você me fez cair outra vez, na minha armadilha
Chego em casa tarde e ninguém me vê
Não há nada errado em não saber que fazer
Mas não troquei minha boca fechada pelas suas palavras vazias
Você me fez envelhecer, um ano a cada dia
Você me fez cair outra vez, na minha armadilha
FOTOS
Cesar Nine quando tocava no Coquetel Molotov
Ensaio:
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